O que mudou com o novo salário mínimo 2025 após quatro meses?
Já se passaram quatro meses desde que o novo salário mínimo entrou em vigor em janeiro de 2025. E nesse período, os brasileiros começaram a sentir, de fato, como essa mudança afetou o dia a dia — desde o preço da feira até o custo de serviços básicos.
O reajuste, que seguiu a nova política de valorização adotada pelo governo federal, levou em conta tanto a inflação do ano anterior quanto o crescimento do PIB. Com isso, o aumento foi acima da inflação, beneficiando cerca de 50 milhões de pessoas — incluindo trabalhadores com carteira assinada, aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais.
Como o mercado reagiu ao reajuste?
“O impacto do novo salário mínimo 2025 nos preços já está claro em alguns setores”, afirma Rodrigo Maia, economista da FGV. Segundo ele, setores mais dependentes de mão de obra sentiram o efeito mais rapidamente. Veja alguns exemplos:
🔺 Serviços domésticos: aumento médio de 8,3% nos dois primeiros meses
🍽️ Alimentação fora de casa: alta de 5,7% entre janeiro e março
💅 Serviços pessoais: como cabeleireiros e manicures, subiram cerca de 6,2%
Em contrapartida, setores com maior estrutura ou margens absorveram melhor os custos:
🛒 Grandes redes varejistas: repasses médios de 2,1%
📺 Serviços de assinatura: aumentos escalonados
🏫 Educação privada: repasses antecipados, previstos no início do ano
E na vida real? O que dizem os consumidores?
Conversamos com brasileiros de perfis diferentes para entender o efeito prático do novo salário mínimo 2025.
Ana Cláudia, auxiliar administrativa:
“No começo, senti um alívio. Mas logo os preços subiram. Hoje, o que ganhei a mais já está praticamente sendo consumido no mercado e no transporte.”
Paulo Roberto, motorista de aplicativo:
“Minha renda não mudou, mas tudo ficou mais caro. Preciso fazer mais corridas para manter o mesmo padrão de vida.”
Ou seja, para quem teve aumento direto, houve algum ganho. Para os demais, a percepção é de que os preços subiram sem compensação.
Pequenos negócios na corda bamba (ou dando a volta por cima)
As micro e pequenas empresas também foram impactadas com o novo valor do salário mínimo 2025. Segundo pesquisa do Sebrae:
📈 68% repassaram parte dos custos aos preços
🔧 42% cortaram despesas
📊 23% investiram em tecnologia
📉 12% reduziram o quadro de funcionários
Márcia Santos, dona de uma loja de roupas em Salvador, conta que precisou reajustar seus preços, mas viu um aumento de 8% nas vendas:
“As pessoas estão com um pouco mais de dinheiro, e isso fez diferença pra gente que depende do movimento diário.”
Diferenças regionais: o Brasil real é diverso

Os efeitos do reajuste no salário mínimo 2025 variam bastante entre as regiões:
📍 Nordeste e Norte: alta no consumo e nas vendas do comércio (acima da média nacional)
📍 Sul e Sudeste: impacto mais discreto, principalmente em serviços
O economista Eduardo Fagnani, da Unicamp, explica:
“Regiões com renda mais baixa tendem a se beneficiar mais. Mesmo com pressão nos preços, o ganho no consumo é mais evidente.”
Setores que mais repassaram os custos
O salário mínimo 2025 trás benefícios a quem recebe, mas quem emprega costuma não gostar muito… E, é claro, o empregador irá repassar esse custo. Já dá para identificar claramente quem mais repassou os aumentos ao consumidor:
- 👨👩👧 Serviços domésticos e pessoais
- 🍕 Alimentação fora do lar
- 🚕 Transporte por aplicativo
- 🛍️ Comércio de bairro
Juliana Silva, do IPEA, diz que isso era esperado:
“São setores onde a mão de obra tem peso grande nos custos. Quando o salário mínimo sobe, o preço sobe junto.”
Nem tudo é custo: veja os pontos positivos
Apesar das altas, também há boas notícias. Os dados mostram:
✅ Ganho real de poder de compra para quem recebe o piso
🛒 Aumento no consumo de itens essenciais
💳 Queda na inadimplência entre aposentados e pensionistas
🏙️ Estímulo à economia em cidades pequenas
Estratégias de adaptação: criatividade em tempos de reajuste
Empresas:
- Cortes em desperdícios
- Automação
- Promoções e renegociações
Consumidores:
- Mais pesquisa de preço
- Troca de marcas
- Redução em serviços não essenciais
O que esperar para o resto de 2025?
Especialistas apontam que a tendência é de estabilidade nos preços nos próximos meses. Os setores que ainda não repassaram todos os custos devem fazer isso até o fim do segundo trimestre. A partir daí, o ritmo deve ser mais próximo da inflação.
Carlos Navarro, economista de mercado, resume:
“O impacto maior já passou. Agora, a economia deve se ajustar ao novo piso com menos turbulência.”
Conclusão: o saldo até aqui
Quatro meses depois, o impacto do novo salário mínimo 2025 nos preços mostra que, embora algumas áreas tenham sentido o peso do reajuste, outras estão colhendo benefícios — principalmente as famílias de baixa renda e pequenos negócios que souberam se adaptar.
A economia, aos poucos, parece absorver esse novo cenário. Os próximos meses serão decisivos para confirmar se esse ciclo será sustentável ou se exigirá novos ajustes.
📣 E você, já sentiu diferença no bolso?
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📌 Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Os preços ainda vão subir por causa do reajuste?
A tendência é de estabilização, já que a maioria dos ajustes ocorreu no 1º quadrimestre.
2. Quem mais se beneficiou?
Trabalhadores que recebem o salário mínimo e aposentados que ganham o piso do INSS.
3. O reajuste causou desemprego?
Em pequena escala, sim — principalmente entre pequenos negócios. Mas houve compensação com novas vagas em setores aquecidos.
4. Como proteger o orçamento?
Pesquise, renegocie contratos e busque alternativas mais econômicas para produtos e serviços.